Eu e a pilosidade facial que escolho ou não deixar crescer.
12.5.09

Estou a deixar crescer uma barba. Porquê? Porque posso. Há quem não possa. Tenho mais barba que o Keanu Reeves, por exemplo. Ou ele tem menos barba que eu. Não percebo bem isso. A minha grande inspiração é muito melhor – para aí mil vezes – que o Keanu Reeves. Chama-se Zach Galifianakis e é dono de uma das mais belas e fofas barbas que já vi na vida. É daquelas raras pessoas – tal como o Will Oldham, com quem fez este vídeo – que fica bem com ou sem barba e com bigode.

Nenhum deles deixa crescer demasiado a barba. Nem eu o farei. É que há consequências. Se o crescimento for demasiado selvagem correm riscos de ficar com uma barba académica. Existem alguns tipos de barba académica. Três exemplos: Marx, Darwin e o irmão do Pinto da Costa. São todas bonitas à sua maneira, sim, mas só passam se se for mesmo um académico. Eu não sou um académico. Nem o é o Zach Galifianakis. Muito menos o Will Oldham. Só se forem académicos de serem muito bons.

A pergunta que se pode fazer – e descobri hoje que o Galifianakis é muito sensível a perguntas sobre a barba dele – é: será que eles têm piada por causa da barba? Poderá uma barba ser divertida? Poderá uma barba ser considerada humor? Nenhum deles, e isto topa-se à distância, usa barba ironicamente. Como é que é usar uma barba ironicamente? Bigode compreendo, mas agora barba? Serão as barbas deles divertidas? O sentimento que as barbas deles provocam em mim é o sentimento que a barba do Kyp Malone dos TV On The Radio provocou no Stephen Colbert quando eles foram ao programa há uns meses: a vontade de afagá-la. E é basicamente isso tudo o que eu desejo da vida. Que me queiram afagar a barba.

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