Sem sombra de dúvida, as grandes barbas da minha infância são a do meu tio e a do meu padrinho. Barbas respeitáveis, nunca selvagens, que fazem parte daquilo que eles são. Mas também há barbas que eu nunca cheguei a conhecer. Uma vez vi uma fotografia da barba do pai do Manuel quando era mais novo e parecia a barba de um revolucionário de esquerda – algo que ele não é. No ano passado vi uma fotografia do pai da Maria João de barba e óculos de sol e pensei que gostaria de ser assim quando crescesse. Será que ainda vou a tempo?