Portugal também tem barbas. Existem três que, agora de repente, me vêm à cabeça. Parecem-me ser das barbas mais importantes desta década no nosso país. Por acaso estão todas ligadas à música. Não aprovo necessariamente a música que fazem, mas gosto muito das suas barbas.
A Flor Caveira trouxe-nos várias barbas modernas. Há a de Tiago Guillul ou a de B Fachada, talvez as mais mediáticas. São demasiado selvagens e pouco consistentes. A estrela do eixo é sem dúvida João Coração. Agora parece ter desistido da barba completa, mas quando a tem é incrível. É uma barba de dândi – sim, escreve-se assim, fui agora confirmar e estou muito contente por ter escrito assim – como não se via em Portugal há alguns anos. E as pontas do bigode são arredondadas, o que é magnífico.
Depois há as barbas mais ou menos fri: o Quim dos Vicious Five/CAVEIRA tem uma barba belíssima (o Barreiros, curiosamente, também já teve uma barba, mas era demasiado selvagem para ser notável, leva apenas pontos por ter tido), é tão consistente que sempre que o vejo perco a vontade de deixar crescer uma barba; e o gajo dos Calhau! (não encontro uma fotografia melhor, experimentem googlar "calhau", é tramado, mas o tipo anda com uma barba incrível, compridíssima, triangular, uma pausa absolutamente descomunal).
Sim, são "jovens" (já devem todos ter passado ou estar a passar a barreira dos 30), mas que se lixem os clássicos, estes são os novos cânones das barbas crescidas e mantidas em Portugal.